SINTONIZANDO
COM CRIANCAS:
UM WORKSHOP QUE ENSINA A ENTENDER AS CRIANÇAS.
Consultor
internacional, referência mundial no tratamento de crianças lança programa
inédito no Rio.
Pense nas
crianças do mundo: da África, Américas, Antártica, Ásia, Europa e Oceania. Imagine
as classes sociais, das mais altas as mais baixas. Lembre-se das
pequenas vítimas das tragédias naturais, como tsumanis, furacões, terremotos,
guerras e da violência urbana como as atingidas por tiros na escola em
Realengo, aqui no Rio. Crianças violentadas, maltratadas,
traumatizadas, super protegidas ou abandonadas... Você consegue
responder o que todas elas têm em comum? Ale Duarte tem essa
resposta.
Desde 2005,
o consultor internacional, terapeuta, educador, Ale Duarte, viaja pelo mundo
atendendo crianças e pais e ministrando programas criativos, flexíveis e
simples para professores, educadores e profissionais que trabalham com
crianças. Recém chegado da Dinamarca, Alemanha e Turquia, onde prestou
consultoria e realizou palestras e workshops, Ale esta no Brasil lançando o seu
programa Tune In to Children, com o Workshop Sintonizando
com Crianças: Aprendendo a ler a Comunicação Verbal e Não Verbal, que
acontecerá de 25 a 27 de julho, no Centro Cultural João XXIII, em Botafogo RJ.
O PROGRAMA
E O WORKSHOP.
“O Programa
Sintonizando com Criancas (Tune in to Children) que vem sendo
implantado em vários países, tem como objetivo ajudar o adulto a entender
melhor as crianças e, principalmente, ajudar as crianças a conquistarem um
espaço mais respeitoso com os adultos. “É fácil entender a criança. O
adulto é que acaba complicando muito. O workshop é aberto para
terapeutas, professores, profissionais que trabalham com crianças e também para
pais. Eu não vou trazer muito conteúdo técnico e sim estratégias e informações.
Será mais de comos do que de porquês. Quero que
cada participante possa construir o seu aprendizado próprio e ter muitos insights. Eles
levarão idéias novas para entender e atender crianças, mas, principalmente, vão
tirar de dentro de si conceitos, paradigmas, e até fantasmas. Com
isso, cria-se um campo onde pode aflorar uma ação mais focada, mais
direcionada, eficaz e prazerosa para ambas as partes – a criança e o adulto” –
explica o consultor que hoje é uma referencia mundial no tratamento do trauma.
Ale Duarte
ressalta que o Workshop será muito útil para que os pais possam se equipar para
lidar melhor com seus filhos e compreender o tempo próprio das crianças:
“Muitas vezes, os pais - e professores também – forçam determinados
comportamentos e ações que, quando não atendidos, acabam levando
para o lado pessoal, do tipo “esta fazendo ou não fazendo isso para irritar,
provocar ou de pirraça. Compreender esse tempo e a dinâmica da
criança poderia, em alguns casos, até mesmo ajudar a evitar o uso desnecessário
de medicamentos” – diz Ale Duarte.
HIPERATIVIDADE? TDAH? TRAUMAS? ESTRESSE?
O
especialista alerta que hoje esta havendo um uso excessivo e indiscriminado de
medicamentos que abafam o mecanismo de autorregulação natural
das crianças. Segundo ele, os índices de diagnostico de
hiperatividade nos Estados Unidos e no Brasil são muito altos, se comparado ao
da Franca onde os médicos não consideram um comportamento mais agressivo, ou a
falta de atenção, como doença. Compreendem que pode ser circunstancial e
procuram as descobrir as causas. “Aqui no Brasil, muitas crianças
estão sendo diagnosticadas e rotuladas como hiperativas a partir de sintomas e
isso é muito sério. Eu,
há anos, observava que algumas crianças eram realmente mais agitadas, mas ela
não tinham esse diagnóstico. Hoje, se constata um numero absurdo de
diagnósticos de hiperatividades que chega a ser corriqueiro. Só para
se ter uma idéia, eu soube que em algumas escolas as crianças cantam na hora de
tomar o remédio: É hora, é hora, é hora da tia Rita! (lina)” –
conta com preocupação.
“O adulto
minimiza, muitas vezes, os sentimentos da criança e considera bobagem questões
que para ela são sérias. É preciso saber conversar e escutar as
crianças. Em Hong Kong, por exemplo, atendi um menino cujos pais se
queixavam de não conseguir se comunicar com ele, que andava o tempo todo de um
lado para o outro, sem parar, falando palavras soltas... Ao
atendê-lo, descobri que, na realidade, o menino estava frustrado porque não
havia recebido um presente que o pai havia prometido. E toda essa
falta de comunicação era uma questão simples. Eles haviam criado na criança a
expectativa (prontidão) de receber algo que não se transformou em ação (brincar
com o brinquedo novo), o que gerou um comportamento desajustado.”
A PERDA DO CONTATO HUMANO
Nos países
por onde tem atuado, a queixa mais freqüente dos profissionais é a da
hiperatividade das crianças. Segundo Ale Duarte, antigamente, as
crianças eram mais ativas fisicamente. Hoje, com toda a tecnologia, a criança
recebe um excesso de estímulos. O olhar, as mãos, os dedos são as partes do
corpo mais exercitadas, o que produz movimentos mais encurtados. Além disso, a
relação passou a ser triangular e não mais olho no olho. A longo
prazo, ainda não é possível prever o que vai acontecer. Mas já se
observa em crianças dos EUA, Alemanha, Inglaterra, França e Brasil, a perda de
flexibilidade e de contato humano.
“Como viajo
por muitos países e lido com crianças de todas as classes sociais, tenho
observado que crianças que brincam de forma mais espontânea têm mais
flexibilidade e interagem melhor com as pessoas. E crianças mais
tecnológicas parecem estar ficando cada vez mais programadas, com
mais dificuldade de se relacionar e de responder a comandos e informações pela
voz. A parte sensorial delas pode estar sendo prejudicada. No
futuro, elas podem ate perder a agilidade no contato humano e a habilidade de
entender e reagir às emoções com rapidez e ate mesmo de entender uma
simples cara feia. Por outro lado, vão ganhar em velocidade e
agilidade no mundo virtual e desenvolver ainda mais a capacidade de raciocinar”
– fala com convicção.
A
METODOLOGIA
Tendo como base a Experiência Somática, a
abordagem desenvolvida por Ale Duarte tem foco na auto-regulação do
Sistema Nervoso Autônomo e na linguagem das sensações. Ele explica:
“Pode-se dizer que a autorregulação é
o retorno a um lugar de integração, ou seja, a saída de um lugar de ansiedade
para um estado de completude e de satisfação. Existe um ciclo de
começo, meio e fim, e recomeço. É uma seqüência. A
criança se desregula e volta a se autorregular naturalmente. O problema é
quando o corpo se desregula e quer voltar ao ponto de equilíbrio e não
consegue, muitas vezes até por interferência de pais ou outros adultos nesse
processo natural. Por exemplo, a criança pensa em pegar alguma coisa e os pais
pegam para ela. Então, ela não completa a ação. É como downloads que não são
concluídos”.
Ale Duarte ressalta que a criança tenta o
tempo todo, de diversas maneiras, dizer o que está precisando, mas nem sempre
consegue se fazer entendida. E muitas vezes esse não entendimento
provoca nela comportamentos não adequados e
incômodos aos pais e outros adultos, o que os fazem buscar ajuda de
profissionais que a diagnosticam como hiperativas e prescrevem medicação.
“Com o uso
de remédios, a criança pode até ficar mais quieta, menos falante, mas isso pode
se sinal dela estar perdendo a força vital. Ela não está melhorando,
esta apenas mudando de comportamento. Nos EUA, atendi um menino
muito agressivo, que queria bater em todos. Ele pegava uma espada e
queria lutar com tudo e todos. Conversando com a família, soube que
houve um assalto na casa deles. A criança ficou trancada em um
quarto com a avó e não viu o que aconteceu. Mas no imaginário dela,
precisava defender os pais. O comportamento mais violento era um
impulso instintivo de proteger, preservar a si e a família. Era o
Sistema Nervoso Autônomo tentando completar um ciclo e achar um lugar de
autorregulação. Nesse caso, a agressividade era uma forma de
comunicação. É preciso entender o que esta acontecendo com a criança e
descobrir seus verdadeiros sentimentos e necessidades primarias”.
O PONTO EM
COMUM
O que as crianças de todas as
nacionalidade e classes sociais têm em comum? Ale Duarte responde:
“A
capacidade de Autorregulação. O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e a linguagem
das sensações são iguais. Todas têm a mesma base sensorial – não a
intelectual. O sucesso dos meus Workshops esta em buscar entender
esse sistema basal. Faço a leitura do SNA - a programação é igual para
todas neste nível mais instintivo do corpo, que posso resumir como luta, fuga e
defesa. Compreender o funcionamento do SNA faz ser possível ajudar
no desenvolvimento de crianças – e também de adultos. Um mecanismo
de luta e fuga bem regulado é a base para o desenvolvimento; quando essa base
não funciona direito compromete todos os níveis. E é isso que pretendo ensinar
aos participantes deste primeiro workshop sobre crianças, no Rio de Janeiro”.
WORKSHOP
SINTONIZANDO COM CRIANCAS: COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL.
DATA: DE 25
A 27 DE JULHO.
LOCAL:
CENTRO CULTURAL JOAO XXIII, RUA BAMBINA, 115, BOTAFOGO.
Assessoria
de Comunicacao: Sandra Braconnot (21) 996088810
Organizacao:
Fatima Boucinhas – (021) 99976 2941 – 2535 2997 sintonizandocomcriancas@gmail.com
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